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O Automotive Business Experience, edição 2023 (ABX23), após o sentimento de retomada pós-pandemia, proporcionou, nesse último encontro, fortalecer o networking e da ênfase ao planejamento das empresas em busca da modernização e descarbonização.
Um dos painéis, com foco no transporte de passageiros, mostrou as novas exigências de conforto, conveniência e redução das emissões, com o tema “Próxima parada: Ônibus dão sinal para o futuro”, fabricantes expuseram suas opiniões e estratégias para tender a essas demandas.
Mediando o encontro esteve Henrique Estrada, diretor da Rádio Ônibus, que é parceira da Revista Sou + Ônibus. Com a participação do gerente Celso Mendonça (Scania) e dos diretores Milena Romano (Eletra), Walter Barbosa (Mercedes-Benz), Alexandre Selski (Volvo) e Luciano Resner (Marcopolo) o debate trouxe importantes informações sobre como cada empresa tem trabalhado e planejado suas ações para este momento de transição do setor.
Abrindo as participações Milena Romano acredita que exemplos de ações em busca da transição energética como São Paulo, Guarujá, Sorocaba, Manaus, São Bernardo, Goiânia e Curitiba, deverão “movimentar o resto do país”. Ela aponta que as empresas estão dispostas a investir na modernização das frotas. “Existe uma vontade dos empresários, vontade política dos governos, e com o incentivo do governo federal (…) o elétrico veio para ficar”, disse ela.
Para Alexandre Selski, da Volvo, é preciso também atenção ao cliente, o passageiro. “O transporte público tem uma necessidade de resgatar o cliente e de trazer novos usuários. Temos que aproveitar esse passo agora, o estudo para novas linhas de crédito, novas tecnologias, infraestrutura de recarga, de repente até, porque não remodelar todos os sistemas de paradas de ônibus informação para o usuário?”, questiona ele.
Walter Barbosa, da Mercedes-Benz coloca a eletrificação como uma alternativa muito positiva na transição energética, e apresentou que entende esse movimento dependente de quatro pilares: tecnologia, infraestrutura, política de governo e financiamento. “A eletrificação veio para ficar, mas se um desses quatro pilares não caminhar junto, trava tudo e não sai o ônibus elétrico”, afirmou.
O gerente de vendas da Scania, Celso Mendonça apontou que existem também outras alternativas para diminuir a emissão de poluentes e também contribuir com a descarbonização do transporte público. “O caminho da descarbonização não é composto único e exclusivamente pela eletrificação. É composto por uma gama de combustíveis e todos eles renováveis e que eu garanto no final do dia é uma menor quantidade de carbono emitido, por ventura pode ser até utilizado diesel mas de uma forma inteligente”, disse.
Nessa linha, apostando na diversificação, Luciano Resner, da Marcopolo, afirmou que há também o hidrogênio como alternativa, como também que a renovação da frota que ainda roda com o Euro 3 para o Euro 6 representaria um grande avanço para a descarbonização. “Temos muitos ônibus no Brasil, com mais de 20 anos de idade, muitos Euro 3, então simplesmente a substituição para um novo nível de emissões, como o Euro 6 já traria uma redução enorme na emissão de gases”, ponderou.
Assista ao painel na íntegra:
Publicado por: Carlos Henrique Rodrigues dos Santos
7 de fevereiro de 2024
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