O serviço de mototaxi ganhou popularidade após alguns aplicativos disponibilizar o serviço em diversos locais do país. Porém, esse tipo de modalidade de transporte tem muitos problemas que estão chamando a atenção de legisladores.

Talvez o maior deles seja a questão da segurança, pois a própria motocicleta é um veículo que necessita de muito cuidado por parte do condutor. Não é a toa que o maior número de acidentes fatais acontece com o envolvimento de motociclistas.

Segundo dados do Infosiga, sistema de mapeamento de acidentes do governo do estado de São Paulo, nos três primeiros meses do ano foram registradas 474 mortes oriundas de acidentes de moto.

Na comparação, no mesmo período o sistema computou 285 mortes de pedestres e 271 em automóveis.

Devido a segurança das pessoas, algumas grandes cidades brasileiras já proibiram esse tipo de serviço. Em São Paulo, por exemplo, o prefeito Ricardo Nunes declarou que considera difícil a liberação na capital paulista.

“A grande preocupação é com a segurança das pessoas. Precisamos salvar as vidas. Não posso deixar que qualquer atividade na cidade seja implementada sem que a gente possa garantir a vida das pessoas”, explicou em entrevista para a rádio Eldorado, em janeiro, quando houve a proibição.

Além da capital paulista, cidades como Campinas e Rio de Janeiro já proibiram esse tipo de modelo de locomoção. O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também se mostrou contrário a regulamentação dos mototáxis em grandes cidades.

“Eu espero que o parlamento analise com muito carinho esse processo. Evidentemente, cidades super pacatas e tal, tem que olhar sob a realidade lá e eventualmente pode ser liberado em pequenas cidades, na minha percepção. Porém, grandes cidades, trânsitos conturbados, eu creio que seria muito perigoso”, explicou em entrevista para a CNN.