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Os impactos de um novo aumento na mistura de biodiesel no diesel

Os impactos de um novo aumento na mistura de biodiesel no diesel

Recentemente, o presidente Lula comentou que o teor de biodiesel na mistura com o diesel fóssil pode aumentar. Porém, na prática, o maior volume é viável, tanto pelo lado econômico, como pela manutenção dos motores?

 

O uso de motores de combustão nos veículos pesados produzidos no Brasil ainda terá presença garantida por um bom tempo em modais do transporte de passageiros e de cargas. Apesar desses propulsores ainda utilizarem o diesel fóssil, houve, ao longo dos anos, uma contínua evolução em termos tecnológicos que permitiu uma significativa diminuição dos gases tóxicos emitidos. Hoje, com a fase P8 do Proconve, o equivalente à norma Euro VI, os ganhos são muitos se compararmos com as gerações mais antigas dos motores em termos de emissões poluentes.

 

Em paralelo à adoção de componentes nos propulsores para a mitigação do material particulado e óxido de nitrogênio, o uso de biocombustíveis se tornou uma alternativa para se obter o menor nível de poluição. O mais conhecido deles, o biodiesel, está presente na matriz energética dos transportes por meio de uma mistura de 12% no diesel convencional.

Em um discurso proferido, recentemente, pelo presidente Lula, esse volume tende a aumentar, podendo chegar até a 15%. Mas, esse aumento pode impactar no cotidiano das transportadoras? A Revista Sou + Ônibus ouviu alguns importantes players envolvidos com o setor do transporte de passageiros sobre como os novos volumes podem influenciar em suas operações. Além disso, a indústria de veículos e a de produção do biocombustível também foram consultadas.

Para a Anfavea, representante dos fabricantes brasileiros de chassis para ônibus, ainda não houve, junto à ela, uma consulta formal, feita pelo governo sobre esse tema.

Pelo lado das operadoras, o anúncio da mistura de biodiesel causa certa apreensão em virtude de alguns aspetos que podem comprometer o bom funcionamento dos veículos.Contudo, isso não é um impedimento para alguns operadores que vêem de forma positiva o uso de biocombustíveis em sua frota.

 

O diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, em evento em São Paulo, cobrou celeridade do governo federal na efetivação de medidas em prol do setor sinalizadas por Brasília, como a antecipação do aumento da mistura do biodiesel no diesel fóssil e a revisão de metas do RenovaBio.

Essas e outras visões sobre o assunto você vai acompanhar em matéria exclusiva em nossa revista. Não perca a matéria completa na edição 41 da Revista Sou + Ônibus.

Edição: Marcelo Valladão

Publicado por: Antonio Ferro

4 de outubro de 2023