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FETPESP defente o Transporte por Ônibus Seguro e Regulamentado

FETPESP defente o Transporte por Ônibus Seguro e Regulamentado

Estamos acompanhando, nos noticiários dessas últimas semanas, relatos de graves acidentes envolvendo condutores e passageiros dos aplicativos com motos, em várias cidades do Estado de São Paulo e do Brasil.  Em uma dessas ocorrências, no final do mês passado, a passageira de uma moto de aplicativo, que colidiu no corredor de ônibus no município de Santo André, morreu na hora e o motociclista foi hospitalizado.

 

 

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo (FETPESP) vem alertando, desde meados de 2023, para a questão da segurança desse serviço de mototáxi e a falta de capacitação técnica e treinamento dos condutores de motocicletas para a prestação do transporte de passageiros. Em parceria com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) lançamos, em junho do ano passado, a campanha “Sua Segurança Não Pode Ser Passageira. Vá de Ônibus!”, em todo o Brasil, em defesa do uso do transporte público regular e seguro aos passageiros.

 

 

A FETPESP e a NTU apontaram para os riscos da utilização dos transportes alternativos disponíveis à população por meio de aplicativos, principalmente dos mototáxis, que estão atendendo em várias cidades brasileiras, desde o começo de 2022.

 

 

Dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga SP) mostram que, neste ano, até o mês de maio, foram registrados 79.657 acidentes, quase 30% deles com motocicletas. Os ônibus responderam por, apenas 1,7% dos registros. Somente no mês de maio passado, ocorreram 558 óbitos no Estado de São Paulo; desse total, 226 foram de motociclistas. De janeiro a maio de 2024, foram perdidas 1.011 vidas em acidentes com motos.

 

 

A FETPESP se posiciona contrária ao projeto de lei No 271/23, em tramitação na Câmara dos Deputados, que altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 (Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana), para inserir o transporte remunerado privado individual de passageiros com motocicleta e defende a necessidade de as pessoas priorizarem o serviço prestado pelas empresas de transporte coletivo, regulamentado e seguro, ou continuaremos com estatísticas assustadoras de mortes envolvendo motocicletas no trânsito e graves reflexos nos serviços de saúde pública.

 

Publicado por: Mauro Herszkowicz

3 de julho de 2024