Recente levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que, no último mês de março, foram criados no setor de transportes brasileiro mais de 20 mil empregos formais, com destaque para o transporte rodoviário de cargas e para o transporte urbano de passageiros.

Esse desempenho foi melhor do que nos meses de março de 2023 e 2022, quando se registrou a geração, no Brasil, de 19.974 e de 10.593 ocupações formais, respectivamente, conforme o Boletim de Conjuntura Econômica – Maio 2024, que traz os principais indicadores econômicos e seus impactos para o setor.

De acordo com a CNT, 17.617 postos de trabalho foram criados em março passado pelo transporte de cargas. No mesmo mês, o rodoviário de passageiros urbano registrou 1.991 contratações.

Os dados levantados pela CNT levam em consideração a movimentação do emprego atualizada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sendo que o saldo de empregos leva em conta a diferença entre admissões e desligamentos.

Esse movimento positivo de contratações do segmento poderá sofrer impacto significativo com o fim da desoneração da folha de pagamento dos 17 setores que mais empregam no país, como anunciado pelo governo federal. Ainda segundo a CNT, “a reoneração elevará o imposto devido pelas empresas de transportes, de 2% a 6%”.

A FETPESP continua defendendo a desoneração da folha de pagamento. A mudança nessa medida afetará a operação das empresas de transportes, aumentando os custos dos serviços e limitando o número de contratações,  além de penalizar a população que mais precisa do transporte coletivo, com a elevação do valor da tarifa paga pelo passageiro.